Papa Francisco expressou sua disponibilidade de se encontrar com o presidente chinês Xi Jinping nesta semana enquanto ambos estavam no Cazaquistão. China recusou, de acordo com um relatório da Reuters citando um funcionário anônimo do Vaticano.
O Papa esteve em Nur-Sultan, capital do Cazaquistão, para uma reunião inter-religiosa de 13 a 15 de setembro. Enquanto que Xi Jinping, esteve na mesma cidade para se encontrar com o presidente cazaque Meet Kassym-Jomart Tokayev um dia depois do Papa.
De acordo com a Reuters, a fonte disse que o Vaticano fez “uma expressão de disposição” e o lado chinês disse que “agradeceu o gesto“. Contudo, não houve tempo para o lado de Xi Jinping dar uma resposta.
Uma reunião entre os dois líderes teria sido significativo; nunca na história houve um encontro entre um papa e um presidente chinês.
As visitas simultâneas de Francisco e Xi também acontecem quando a Santa Sé e a China decidem renovar um acordo provisório. Esse acordo é sobre a nomeação de bispos na China.
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Xi Jinping e a perseguição religiosa
Xi Jinping recebe eventualmente fortes críticas por supervisionar a perseguição de cristãos de todos os tipos na China. Incluindo cristãos uigures e muçulmanos da região de Xinjiang.
Cazaquistão e China, que são vizinhos, têm laços estreitos com grandes investimentos chineses
nos recursos naturais do país da Ásia Central por meio de sua Iniciativa do Cinturão e Rota.
Xi Jinping anunciou seu plano para uma Nova Rota da Seda na capital cazaque em 2013. O líder chinês se encontrou com Vladimir Putin no Uzbequistão na quinta-feira como parte da primeira viagem de Xi Jinping fora da China desde o início da pandemia de COVID-19.
Papa Francisco falou pouco sobre os abusos de direitos humanos na China desde que o Vaticano assinou um acordo provisório com a China em 2018. Esse acordo pretendia unir os 12 milhões de católicos do país, que estão divididos entre a Igreja clandestina e o Partido Comunista administrado pela Associação Católica Patriótica Chinesa, abrindo caminho para a nomeação de bispos para as dioceses chinesas.
Apesar do acordo, a perseguição à igreja clandestina continuou e, segundo alguns, se intensificou. Este acordo deverá ser renovado por mais dois anos ainda este mês.
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