Papa Francisco pretendia se encontrar com Xi Jinping, mas China recusou

Por: Mathias Ribeiro
. Atualizado: 17/09/2022 às 02h:51
Papa Francisco pretendia se encontrar com Xi Jinping, mas China recusou

Papa Francisco expressou sua disponibilidade de se encontrar com o presidente chinês Xi Jinping nesta semana enquanto ambos estavam no Cazaquistão. China recusou, de acordo com um relatório da Reuters citando um funcionário anônimo do Vaticano.

O Papa esteve em Nur-Sultan, capital do Cazaquistão, para uma reunião inter-religiosa de 13 a 15 de setembro. Enquanto que Xi Jinping, esteve na mesma cidade para se encontrar com o presidente cazaque Meet Kassym-Jomart Tokayev um dia depois do Papa.

De acordo com a Reuters, a fonte disse que o Vaticano fez “uma expressão de disposição” e o lado chinês disse que “agradeceu o gesto“. Contudo, não houve tempo para o lado de Xi Jinping dar uma resposta.

Uma reunião entre os dois líderes teria sido significativo; nunca na história houve um encontro entre um papa e um presidente chinês.

As visitas simultâneas de Francisco e Xi também acontecem quando a Santa Sé e a China decidem renovar um acordo provisório. Esse acordo é sobre a nomeação de bispos na China.

Veja Também

Xi Jinping e a perseguição religiosa

Xi Jinping recebe eventualmente fortes críticas por supervisionar a perseguição de cristãos de todos os tipos na China. Incluindo cristãos uigures e muçulmanos da região de Xinjiang.

Cazaquistão e China, que são vizinhos, têm laços estreitos com grandes investimentos chineses
nos recursos naturais do país da Ásia Central por meio de sua Iniciativa do Cinturão e Rota.

Xi Jinping anunciou seu plano para uma Nova Rota da Seda na capital cazaque em 2013. O líder chinês se encontrou com Vladimir Putin no Uzbequistão na quinta-feira como parte da primeira viagem de Xi Jinping fora da China desde o início da pandemia de COVID-19.

Papa Francisco falou pouco sobre os abusos de direitos humanos na China desde que o Vaticano assinou um acordo provisório com a China em 2018. Esse acordo pretendia unir os 12 milhões de católicos do país, que estão divididos entre a Igreja clandestina e o Partido Comunista administrado pela Associação Católica Patriótica Chinesa, abrindo caminho para a nomeação de bispos para as dioceses chinesas.

Apesar do acordo, a perseguição à igreja clandestina continuou e, segundo alguns, se intensificou. Este acordo deverá ser renovado por mais dois anos ainda este mês.

Encontrou algo errado na matéria?

Nosso apostolado possui em sua equipe editorial jornalistas profissionais, sacerdotes, professores e leigos, por esta razão, é possível que o conteúdo do nosso site contenha erros e para isso precisamos da sua ajuda.




    0 Comentários

    Os comentários são exclusivos para assinantes do Deo Vero.