Neste sábado (10), começou a circular nas redes sociais um vídeo em que um homem humilha uma mulher após ela dizer que irá votar no então candidato Lula (PT) nessas eleições.
No vídeo, um homem não identificado até o momento que esta reportagem é escrita, entrega uma caixa de alimentos para uma mulher. Ela que aparentemente está em situação vulnerável é questionada em quem votaria nessas eleição de 2022, que logo em seguida respondeu que votaria no candidato do PT. Após a resposta, o homem diz que “a partir de hoje, é a última marmita que vem aqui”. A mulher, sem graça, ri e pergunta se é verdade. Contudo, ele confirma.
Internautas ficaram revoltados com a atitude do homem. Em uma rede social, o perfil oficial Jornalistas Livres comentou sobre o caso. “Bolsonarista humilha mulher que necessita de ajuda para ter o que comer, só porque ela diz votar em Lula. O vídeo circula em grupos de whatsapp, e ainda não conseguimos informações sobre quem seria o “cidadão de bem”.” diz a publicação.
O apresentador Luciano Huck também se manifestou e disse que “fome não tem ideologia” e rebate que atitude do homem é “lamentável e desumana”.
Atitude do homem e polarização política
Um católico não deve ser nem de esquerda ou direita, a igreja não está do lado de nenhum espectro político bem como ideológico.
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O próprio catecismo é claro:
2424 Uma teoria que faz do lucro a regra exclusiva e o fim último da atividade econômica é moralmente inaceitável. O apetite desordenado pelo dinheiro não deixa de produzir seus efeitos perversos. Ele é uma das causas dos numerosos conflitos que perturbam a ordem social.
Um sistema que “sacrifica os direitos fundamentais das pessoas e dos grupos à organização coletiva da produção” é contrário à dignidade do homem. Toda prática que reduz as pessoas a não serem mais que meros meios que têm em vista o lucro escraviza o homem, conduz a idolatria do dinheiro e contribui para difundir o ateísmo. “Não podeis servir ao mesmo tempo a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24; Lc 16,13).
§2425 A Igreja tem rejeitado as ideologias totalitárias e ateias associadas, nos tempos modernos, ao “comunismo” ou ao “socialismo”. Além disso, na prática do “capitalismo”, ela recusou o individualismo e o primado absoluto da lei do mercado sobre o trabalho humano. A regulamentação da economia exclusivamente por meio planejamento centralizado perverte na base os vínculos sociais; sua regulamentação unicamente pela lei do mercado vai contra a justiça social, “pois há muitas necessidades humanas que não podem atendidas pelo mercado”. É preciso preconizar uma regulamentação racional do mercado e das iniciativas econômicas, de acordo com uma justa hierarquia de valores e em vista do bem comum.
A visão católica
“O amor do próximo, radicado no amor de Deus, é um dever antes de mais para cada um dos fiéis, mas é-o também para a comunidade eclesial inteira (…) A Igreja também enquanto comunidade deve praticar o amor” (Deus caritas est)
Padre Cláudio comentou sobre o caso: “Como católicos devemos ajudar o próximo sem pretensão nenhuma de receber algo em troca, e principalmente, sem olhar a quem estamos ajudando.” disse. “Na minha paróquia muitas pessoas pegam cestas básicas, até mesmo pessoas de outras religiões.” completa o padre.
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