Governo Lula através do Ministério da Saúde anunciou a inclusão de temas importantes, como saúde sexual e reprodutiva, prevenção de HIV/IST, prevenção de violências e acidentes, promoção da cultura de paz e direitos humanos, ao Programa Saúde na Escola (PSE). Essa medida marca o retorno de assuntos relevantes ao programa, que haviam sido retirados em anos anteriores.
Criado em 2007, durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Programa Saúde na Escola (PSE) é uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação, que tem como objetivo contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde.
O investimento destinado aos municípios que adotarem o PSE em suas escolas será de R$ 90,3 milhões, proporcionando recursos para o desenvolvimento dessas ações.
Entre as temáticas agora contempladas, destaca-se a saúde sexual e reprodutiva, que busca oferecer informações e conscientização aos adolescentes sobre sexualidade, métodos contraceptivos e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, a inclusão de ações relacionadas à saúde mental é uma novidade que está alinhada aos objetivos do Grupo de Trabalho Interministerial (Saúde e Educação) para prevenção de violências nas escolas, criado em abril do ano passado.
Em 2010, o Programa Saúde na Escola (PSE) lançou a Caderneta de Saúde do Adolescente, um material informativo destinado a alunos com idades entre dez e 19 anos, abordando temas relacionados à sexualidade e contracepção. No entanto, em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro ordenou a retirada desse material das escolas.
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A medida de retomar os temas de saúde sexual e reprodutiva ao PSE visa ampliar o alcance das ações do programa, abrangendo questões fundamentais para a saúde e o bem-estar dos jovens brasileiros.
Opiniões divergentes sobre a inclusão dos temas pelo Governo Lula
Apesar do Governo Lula ressaltar a importância das novas temáticas, nem todos estão de acordo com a medida. O diretor do Colégio Porto Real, no Rio de Janeiro (RJ), João Malheiro, expressou sua preocupação em entrevista. Para ele, a inclusão desses temas pode incentivar as crianças a iniciar experiências sexuais precocemente, o que ele considera como algo negativo.
Segundo Malheiro, doutor em educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é papel dos pais, e não do governo, conduzir a educação sexual de seus filhos. Ele defende uma maior valorização da educação parental, com políticas públicas que permitam a presença dos pais nas escolas e proporcionem programas de formação para eles. Acredita que a falta de educação corporal, afetiva, intelectual e de força de vontade contribui para desvios sexuais entre as crianças atualmente.
Essa divergência de opiniões evidencia a complexidade do debate sobre educação sexual nas escolas e o papel do governo nessa questão delicada.
Em meio às discussões e pontos de vista distintos, o Ministério da Saúde prossegue com a retomada dos temas ao Programa Saúde na Escola, buscando promover a saúde integral dos estudantes e fornecer informações relevantes para a formação de uma juventude saudável e consciente.
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